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Como funciona o bilionário negócio de compra e venda de terras no metaverso

Quase US$ 2 bilhões foram gastos em terrenos virtuais nos últimos 12 meses, à medida que pessoas e empresas correm para se estabelecer no metaverso, revela pesquisa.
17/11/2022

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O conceito de Metaverso incide em aplicar um conjunto de tecnologias, como realidade virtual e realidade aumentada, para reproduzir a vida que conhecemos no ambiente virtual.

Entrar nesse ambiente futurista, que parece ter sido extraído de filmes de ficção científica, é possível hoje em dia por meio de equipamentos como óculos de Realidade Virtual e hologramas 3D. Porém, muito ainda precisa ser desenvolvido. A transição da atual Web 2.0 para a Web 3.0, a internet do futuro, precisa ser alcançada para que o Metaverso funcione por completo. 

Mas, ainda estamos a anos de distância do metaverso emergir como um único espaço imersivo online em que as pessoas podem viver, trabalhar e se divertir em realidade virtual. Então, será que a compra de terrenos é realmente uma grande aposta?

 

'Exibir meu próprio trabalho'

Com cabelo vermelho no estilo moicano e um cigarro permanente na boca, o avatar da artista Angie Taylor não se parece com um típico latifundiário. Mas ela faz parte de um grupo cada vez maior de pessoas que reivindicam seu pedaço de terra nos novos mundos virtuais.

"Comprei meu primeiro terreno do metaverso em julho de 2020 e paguei cerca de £ 1,5 mil (cerca de R$ 8,6 mil). Comprei para expor meu próprio trabalho, mas também para realizar eventos do metaverso que promoveriam minha arte e também a arte de outras pessoas", diz ela.

Angie, que é de Brighton, no Reino Unido, construiu duas galerias repletas de obras de arte digitais estranhas e belas, que estão sendo vendidas em criptomoeda, em seu terreno no mundo Voxels.

Voxels é uma das dezenas de mundos virtuais que se descrevem como metaversos. É confuso, porque as pessoas costumam falar sobre "o metaverso" como se houvesse apenas um. Mas até que uma plataforma comece a dominar, ou esses mundos díspares se unam, as empresas estão vendendo terrenos e experiências em suas próprias versões.

 

Criptomoedas

Pesquisadores da DappRadar, que analisam o metaverso, afirmam que US$ 1,93 bilhão em criptomoedas foi gasto na compra de terrenos virtuais apenas no ano passado, sendo US$ 22 milhões em cerca de 3 mil lotes de terra em Voxels. A DappRadar consegue monitorar isso porque o Voxels é construído no sistema de criptomoeda Ethereum, no qual, como todas as moedas virtuais, todas as transações são registradas e publicadas em uma blockchain pública.

No entanto, com a queda geral no valor das criptomoedas, a DappRadar afirma que o mercado imobiliário do metaverso está em baixa há quase um ano. Em Sandbox, outro metaverso no sistema de criptomoedas, Adidas, Atari, Ubisoft, Binance, Warner Music e Gucci são apenas algumas das multinacionais que estão comprando terrenos e construindo experiências para vender e promover seus produtos e serviços.

A Gucci também construiu no Roblox, que junto a outras grandes plataformas de games como Minecraft e Fortnite, é visto como o mais popular dos incipientes metaversos.

Essas corporações de jogos não vendem terrenos, e são administradas sem o uso de qualquer tecnologia blockchain. No entanto, elas já possuem alguns dos principais ingredientes que os escritores de ficção científica dizem que precisamos para um verdadeiro metaverso:

  • Capacidade de conviver e se divertir;
  • Suas próprias moedas no mundo virtual;
  • A oportunidade de ganhar dinheiro na plataforma;
  • Vastas comunidades prósperas. 

A Gucci Town teve mais de 36 milhões de visitas no ano desde que foi lançada, enquanto a Nike Land registrou mais de 25 milhões em 11 meses. Em Gucci Town, os jogadores podem comprar roupas para seus avatares com dinheiro real. Na Nike Land, eles podem adquirir camisetas e sapatos para avatares com pontos que ganharam jogando.

Os metaversos nos sistemas de criptomoedas são geralmente pouco povoados e só usados ??realmente quando eventos são realizados e, mesmo assim, apenas milhares, e não milhões, de pessoas participam.

Até mesmo no mundo virtual em que a Meta, dona do Facebook e do Instagram, está investindo bilhões de dólares, documentos vazados mostram que as pessoas não vão passar muito tempo lá.

Mas Slooten está convencida de que, à medida que esses mundos se desenvolvem, as pessoas vão aparecer.

"Com certeza haverá um mercado de massa nisso, porque se você pensar na geração mais jovem, eles já jogam games. Para eles, não há distinção entre virtual e real. Mas isso ainda precisa ser construído."

 

Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-63514882.